Estas são as videoperformances selecionadas para SerformanceP 2024. Além de exibidas no coquetel de abertura da mostra, as obras podem ser reproduzidas aqui nesta página.
These are the video performances selected for SerformanceP 2024. In addition to being shown at the exhibition’s opening cocktail, the works can be reproduced here on this page.
Camila Florentino
Rio de Janeiro, RJ – São Paulo, SP
Artista interdisciplinar que transita entre audiovisual, teatro, performance e dança. Mestranda em Dança (UFRJ) e graduada em Artes com concentração em Cinema e Audiovisual (UFBA), pesquisa a Cena Expandida com mediação tecnológica. Participou de trabalhos como o metaverso “ITAARA” (2021), o curta documental “Mórula” (2019), e o projeto “O Feminino na Performance” (2017). A videoperformance “experimentos | PRA JORRAR” aborda o peso das pedras no ventre e a escolha dos corpos com útero entre gestar ou abortar. Foi criada durante o processo de criação do curta “pra jorrar”.
Miguel Angel González Merchán
Bogotá D.C., Colômbia
Miguel Angel González Merchán é artista plástico, gestor cultural e docente universitário. Ele apresenta a videoperformance “Vida en el Cosmos”, que questiona a identidade e o poder, abordando temas como violência, política, meio ambiente e o consumo de substâncias psicoativas. A obra reflete sobre a condição da humanidade e seu impacto no planeta, enfatizando a conexão entre todos os seres vivos e a necessidade de cumprir os ciclos naturais.
Alexandre Marchesini
Guarujá, SP
Alexandre Marchesini é ator, professor e diretor, com formação em teatro, letras e artes visuais. Ele apresenta a videoperformance “Desfacelação,” que investiga as fronteiras entre as esferas pública e privada através de uma figura ambígua que transita entre a fragilidade do corpo humano e um corpo vegetal. Utilizando repolhos descartados como parte da performance, a obra metaforiza a desintegração da indumentária, refletindo sobre a luta contra momentos depressivos e a complexidade da existência. A pesquisa tem sido exibida em espaços experimentais e alternativos, proporcionando uma reflexão sobre as dualidades e multiplicidades do ser.
Molly Vaughan
Seattle, EUA
Molly Jae Vaughan é uma artista britânica radicada nos EUA, com formação em artes visuais e mestrado em belas artes. “Atonement for Imaginary Sins” é uma performance apresentada no Alabama Center for Contemporary Art em 2023, que incorpora ações de desafio contra a legislação anti-LGBTQIA2S+ nos EUA. Usando um chicote feito a partir de elementos simbólicos da bandeira americana, Vaughan flagela a si mesma uma vez para cada um dos mais de 1.240 projetos de lei propostos contra a comunidade LGBTQIA2S+ desde 2023, denunciando a dor emocional e a resiliência diante do ódio e injustiça direcionados à sua comunidade.
Primary Body – returning to the light
Mila Sarti
Paris, France
Mila Sarti é uma artista visual e performática italiana radicada em Paris. Sua videoperformance “Primary Body – returning to the light” explora questões sobre a opressão histórica dos corpos femininos, o papel da mulher na sociedade contemporânea e a relação entre corpo, natureza e liberdade. A performance critica o essencialismo que associa o corpo feminino exclusivamente à função procriativa, questionando o que é natural ou artificial dentro do contexto de normas sociais. Em contato constante com a natureza, a obra nos lembra da transitoriedade de nossa existência, ao mesmo tempo em que desafia fronteiras e reflete sobre nosso legado.
Robert Ladislas Derr
Columbus, EUA
Robert Ladislas Derr é um artista visual norte-americano que cria performances, vídeos, fotografias e instalações multimídia. Sua videoperformance “Truth Comes Out” foi apresentada em 2022, com duração de três minutos, em HD e com som. A obra explora temas relacionados à verdade e suas manifestações, utilizando a performance como um meio de expressão e intervenção. Derr já se apresentou e expôs em diversos festivais e centros de arte ao redor do mundo, incluindo Riga Performance Festival (Letônia), Schirn Kunsthalle Frankfurt (Alemanha) e Wexner Center for the Arts (EUA).
Anina Müller
Basileia, Suíça / Bruxelas, Bélgica
Anina Müller cria performances que exploram a identidade através da lente dos meios de comunicação pop-culturais e seu impacto na autopercepção. Em “Don’t Look at the Sun”, dois príncipes de contos de fadas passam uma noite turbulenta em salas vazias e inquietantes, lamentando os “bons velhos tempos”. À medida que enfrentam a nova compreensão da masculinidade, a performance expõe a toxicidade associada a antigos papéis de gênero e a dificuldade de encontrar uma expressão para seus sentimentos. Gravada em um edifício demolido logo após as filmagens, a obra reflete sobre a alienação sentida pelos personagens, ampliada pela ausência de público durante a performance.
Miguel González Cordero
San Juan, Porto Rico
Miguel González Cordero é um artista interdisciplinar cuja prática artística tem uma abordagem autobiográfica, entrelaçada com pesquisa sociopolítica e cultural. Seu trabalho desafia as percepções sociais sobre corpos com deficiência, explorando suas interações dinâmicas com objetos e espaços cotidianos. Inspirado por suas experiências pessoais, especialmente em Porto Rico, onde as barreiras arquitetônicas e a infraestrutura inadequada prevalecem, ele investiga as complexidades da acessibilidade e o impacto dos ambientes físicos nas experiências humanas com a diversidade funcional. A obra “Qué es Normal?” aborda a autoaceitação do corpo, questionando os conceitos de normalidade e como as cicatrizes, dispositivos médicos e outras marcas fazem parte da vida e identidade.
Alexandre Sá & Amélia Sampaio
Avignon, França / Rio de Janeiro, Brasil
Alexandre Sá, pós-doutor em Filosofia e Artes, vive em Niterói e desenvolve pesquisas em história e crítica de arte. Amélia Sampaio, afro-brasileira com trajetória entre o Rio e Avignon, cria obras que exploram corpo e ancestralidade, dialogando com sua prática no Candomblé. A videoperformance Olympia reinterpreta a obra Lignée (2005), onde Sampaio costura uma máscara de carne sobre um tecido branco, caminhando por espaços públicos do Rio. O trabalho reflete sobre o feminino e a solidão urbana, inspirando-se em Manet para investigar a relação entre corpo, a materialidade da carne e uma cidade em processo de esvaziamento e solidão.
Frank Lahera O’Callaghan (Proyecto Fractura)
La Habana, Cuba
Frank Lahera O’Callaghan, artista cubano com formação em cinema e direção audiovisual, desenvolve trabalhos que transitam entre videoarte, performance e artes visuais experimentais. Com exibições em festivais como BIENALSUR e PhotoEspaña, e premiações em eventos como o Girona Film Festival, sua obra explora as tensões entre rotina e sobrevivência emocional. Na videoperformance Proyecto Fractura, um personagem repete gestos cotidianos, como lavar o rosto em um cubo de água, enquanto recita “Debo seguir adelante”, evocando filosofias asiáticas. A obra reflete o paradoxo entre esperança e desgaste, propondo uma metáfora sobre a perseverança em meio às dificuldades da vida contemporânea.
Reiko Shimizu
São José dos Campos, SP, Brasil
“Sussurros da Natureza” explora a conexão entre o corpo humano e a natureza, evocando sensação de harmonia, presença e paz interior. Segurando grandes folhas secas, a artista realiza uma série de movimentos meditativos e orgânicos, acompanhados pelo som da natureza. Esta peça é inspirada no Tengu, uma figura sobrenatural da mitologia japonesa, frequentemente vista como protetora das florestas e montanhas. A construção do Tengu e suas forças misteriosas influenciam a maneira como a artista canaliza o espírito do mundo natural através do movimento. “Sussurros da Natureza” é um convite para desacelerar e ouvir o mundo, celebrando nossa conexão com a natureza, influenciada pelo espírito protetor e atemporal do Tengu.
Alkistis Voulgari
Atenas, Grécia
Alkistis Voulgari é uma atriz e dançarina que tem explorado suas próprias criações em filme e performance, incorporando teatro, poesia, literatura, dança e arte radiofônica. Seu trabalho, apresentado internacionalmente, busca reconectar o teatro às suas raízes naturais por meio da improvisação em espaços abertos. Na performance “Trees Whisper”, ela dança em uma paisagem natural, imersa na poesia de T.S. Eliot, refletindo sobre a silenciosa vigilância da Mãe Natureza diante das injustiças humanas, enquanto explora a cura que ela oferece a cada retorno.
Eleas Nobi Faisal
Dhaka, Bangladesh
Faisal é um artista multidisciplinar, diretor e pesquisador cultural que fundou a Bhoirobee, uma organização voltada para a pesquisa cultural e artes performáticas. Seu trabalho explora temas socioambientais, com a produção mais recente, Flood, destacando a resiliência das comunidades afetadas por inundações. A performance combina teatro contemporâneo, dança e arte multimídia, retratando a adaptabilidade das pessoas diante das forças da natureza. Através de movimentos evocativos e narrativas visuais, a peça visa conscientizar sobre a crise climática e a força do espírito humano.
Stefano Bosco
Turin, Itália
Stefano Bosco é um artista associado ao STALKERTEATRO, um coletivo artístico que trabalha desde 1975 em performances experimentais em contextos socialmente sensíveis. Ele apresenta a videoperformance “STELI,” uma performance interativa e colorida onde os participantes criam uma estrutura gigante com bastões de madeira. Após a construção, o público é convidado a explorar sua criação, promovendo uma ligação entre arte contemporânea e performance. Este projeto educativo e performático, desenvolvido em colaboração com o Departamento de Educação do Castello di Rivoli – Museu de Arte Contemporânea, destaca o potencial colaborativo da arte.
Sylvestre Alexandre
São Paulo, SP
Sylvestre Alexandre é um artista multidisciplinar com mais de 20 anos de experiência em artes performáticas. Ele apresenta a videoperformance “O ILUMINADO LED SHOW,” que leva os convidados a uma viagem musical pelas décadas de 1950 a 2000. O espetáculo mescla performances e comédia interativa com elementos kitsch e referências atuais, como TikTok e memes. Com tecnologia LED de ponta e um personagem que interage com o público, o show destaca os principais passos de dança de cada década, proporcionando uma experiência interativa que explora a nostalgia e a cultura pop.
Cris Fabi
Florianópolis, SC
Cris Fabi é uma artista que explora a videoperformance como uma forma de expressão contemporânea. O vídeo “COMOVER” foi produzido por Guto Neto da Semear Filmes para o encontro do coletivo Corpo Presente, dirigido pelo bailarino e coreógrafo Márcio Cunha. A obra reflete sobre a interseção entre corpo, movimento e emoção, criando um diálogo sensível e profundo.
Hannelore Grosser
Concepción, Chile
Hannelore Grosser é artista visual, arteterapeuta e praticante de chamanismo. Formada em Arte e Filosofia, desenvolve seu trabalho como mulher medicina, combinando artes, espiritualidade e cura. Em “La Curación”, Hannelore conduz uma experiência de uma hora de transe sonoro, unindo chamanismo e arte. Utilizando tambor, canto e altar, ela cria um espaço ritual em uma sala de teatro escura, convidando os participantes a curar traumas e restabelecer o equilíbrio emocional. A obra culmina em um conversatório para acolher questões e compartilhar experiências.
Anqi Deng
Cantão, China / Londres, Reino Unido
Artista e musicista, combina som e imagem em seu trabalho, explorando as interações fluidas entre diferentes elementos. Desde sua chegada a Londres, tem experimentado instrumentos não convencionais e técnicas de execução inovadoras, com foco nas conexões entre psicologia e tecnologia musical. Sua obra “Palm Point” apresenta um instrumento projetado por ela que detecta a frequência cardíaca das pessoas e a converte em variabilidade da frequência cardíaca, traduzindo essas mudanças sutis de emoção em tons musicais contínuos. Anqi busca, assim, conectar vozes marginalizadas à sua arte, abordando temas sobre a dinâmica entre mulheres e sociedade.
Tomyy
São Paulo, Brasil
Tomyy usa a linguagem de DJ e da música eletrônica para explorar a interseção entre arte e som. Suas performances concentram-se nas dinâmicas entre a cabine de DJ e a pista de dança. Inspirado no ambiente urbano e em culturas undergrounds contemporâneas, Tomyy busca criar um diálogo entre o espectador e a performance, levando a uma reflexão sobre a relação entre arte, som e espaço.
Noel Molloy
Roscommon, Irlanda
Noel Molloy, um artista que estudou na Limerick School of Art and Design, trabalha com escultura, mídia mista e arte performática, tendo exibido e criado performances em toda a Irlanda, Europa Ocidental e Oriental, e EUA. Com prêmios do Arts Council of Ireland e experiência em organização artística, sua obra explora a relação entre a percepção visual e a expressão da alma. Sua performance WINDOW WODNIW 2023 destaca essa temática em um diálogo visual profundo e questiona: “If the eyes are the window to the soul then what is the window?”
Alejandro Zertuche
Monterrey, México
Alejandro Zertuche, autodenominado “Mago del Caos”, é um artista que explora aspectos autobiográficos, ocultismo e tradições mágicas em suas obras. Sua videoperformance “Rastro sin voz”, parte do projeto “Si pudiera recordarlos a todos, preferiría verlos claro”, consiste em chamar quatro amigos já falecidos como uma experiência de espiritismo, enquanto constrói um altar em homenagem a eles. A obra de Zertuche foi exibida em mais de 20 países e abrange diversas mídias, incluindo vídeo, instalação e som, destacando-se em locais como o Tehran Museum of Contemporary Art e o Museo Altillo Beni.
Myrna Renaud
Mayagüez, Porto Rico
Myrna Renaud é uma artista com ampla trajetória na dança contemporânea, performance e teatro pós-dramático. Desde 2010, colabora com Zuleira Soto Román e Eury G. Orsini, do Vueltabajo Teatro. Em 2024, lançaram a trilogia Los frutos del amor, explorando a essência africana na dança caribenha por meio de videoinstalações e performances em espaços emblemáticos de Porto Rico, como a Fundação Luis Muñoz Marín e o Taller Libertá. Juana Caliente “desenha suas curvas, dispõe seu rumo, cresce, morre e renasce a seu gosto e medida.”
Shani Arazy
Haifa, Israel
Shani Arazy (Cohen), artista multidisciplinar, investiga a percepção do corpo tanto física quanto espiritualmente. Formada pela School of Visual Theatre em Jerusalém, sua pesquisa aborda casos reais de crimes em documentários e experiências pessoais. Co-fundadora do grupo de poesia Pangolin, suas coreografias foram apresentadas em festivais como o Diver Festival e o Spectrum Festival. Em sua obra “The Orphanage”, Shani explora os limites do eu, a mudança do indivíduo em relação à sociedade e o pertencimento a grupos, refletindo sobre as relações familiares e o que significa ser mãe/pai potencial em busca de uma situação existencial de sobrevivência.
Rodrigo Gallo
Rio de Janeiro, RJ
Rodrigo Gallo é um ator, diretor e roteirista com formação em Psicologia e três pós-graduações. Seu curta “São Jorge contra o Dragão” marca seu primeiro projeto solo, após anos de colaboração com a diretora Hissa de Urkiola da Violino Filmes. O filme é inspirado no conto “Lenda Dourada” do Bispo de Gênova Giácomo de Varazze e retrata a lenda do santo guerreiro que salva uma princesa das garras de um dragão. Gallo também inicia um novo projeto chamado “rústico”, onde todas as cenas são criadas à mão com desenhos em pastel seco.
Mike Savuica
Bucareste, Romênia
Mike Savuica é diretor, ator e professor assistente, fundador do Monolog Slam Romania e Unfortunate Thespians, com trabalhos apresentados internacionalmente. A videoperformance “Grand Denmark Hotel” é uma adaptação experimental de “Hamlet”, que traz a história clássica para os dias atuais, combinando teatro, dança e música. A peça explora a relação disfuncional entre pai e filho e utiliza um coro para representar os pensamentos de Hamlet, destacando temas de insanidade e opressão em uma perspectiva moderna e visualmente impactante.
VACAS – MÃOS QUE BORDAM NOVIDADES ANCESTRAIS
Thabata Lorena
São Paulo, SP
Thabata Lorena, artista maranhense em ascensão, traz para a performance brasileira uma fusão única de musicalidade e estética teatral. Em VACAS – MÃOS QUE BORDAM NOVIDADES ANCESTRAIS, Thabata apresenta uma instalação performática inspirada nas tradições culturais do Nordeste e na ancestralidade. A exposição inclui personagens híbridos – meio vaca, meio humano – representando opulência e espiritualidade, além de homenagear figuras como o vaqueiro e o sertanejo. Explorando temas de matrigestão e resistência feminina negra, a obra celebra a produção intelectual de mulheres negras e questiona o ciclo de exploração e memória coletiva. A performance também conecta as personagens com o álbum e espetáculo Set, destacando a capacidade de Thabata em transitar entre múltiplas linguagens artísticas.
Tomas Lagūnavičius
Kaunas, Lituânia
Tomas Lagūnavičius é um artista multidisciplinar, reconhecido por sua visão única do mundo através de artes visuais e performáticas, com mais de 37 exposições solo e participações em 56 exposições internacionais. Em sua performance “Sensitive Indoctrination”, ele explora como religiões e ideologias influenciam nossas decisões, refletindo sobre os conflitos culturais e religiosos atuais. Alinhada ao tema da Bienal de Veneza deste ano, “Foreigners Everywhere”, a obra questiona clichês e dogmas para propor um retorno a um modo de vida mais próximo da natureza.
Karlo Štefanek
Zagreb, Croácia
Karlo Štefanek é um artista multidisciplinar que explora a construção e desconstrução da identidade por meio do autorretrato e da performance. Em Missing/Scomparso, realizado durante a Bienal de Veneza, ele distribui panfletos que o retratam como desaparecido, criando uma interação direta e íntima com o público. Essa dinâmica dá continuidade às intervenções anteriores em Amsterdam e Nova York, nas quais ele questiona o valor da participação e a necessidade de arte, propondo uma reflexão sobre a invisibilidade e o reconhecimento social no contexto contemporâneo.
Oynar Theater Group
Tabriz, Iran
O Oynar Theater Group, fundado em 2000 e dirigido por Mahdi Salehyar, é conhecido por seu trabalho em videoperformance e por explorar temas sociais através de uma abordagem cômica e crítica. A companhia já se apresentou em 15 países, participando de diversos festivais internacionais. A obra selecionada para a SerformanceP 2024 aborda a tentativa de uma mulher de cruzar a fronteira, sendo impedida pela polícia. Em meio a um tom cômico, a personagem negocia e tenta convencer as autoridades, oferecendo uma reflexão irônica sobre controle, resistência e fronteiras.
Danyela June Brown
Nova York, Estados Unidos
Danyela June Brown é uma set-maker transmulata que constrói sets transutilitários com materiais excedentes e softwares de código aberto. Com formação em Estudos Afro-Americanos pela Universidade de Stanford, foi expulsa do programa de Mestrado em Novos Gêneros da UCLA durante sua cirurgia de redesignação de gênero. Suas obras foram apresentadas em instituições como Performance Space New York, Hamiltonian Artists e Hirshhorn Museum Sculpture Garden. Na performance “#OpenToWork”, Danyela tenta baixar documentos não assinados de um programa de auxílio à habitação do telhado do Performance Space New York para o público abaixo, em uma tentativa de desvendar as complexas interseções entre insegurança habitacional e disforia de gênero.
Daykine Taikina
São Paulo, SP, Brasil
Daykine Taikina é artista multidisciplinar residente em São Paulo, que explora as artes visuais através de vídeo arte e gravura. Sua pesquisa envolve o uso de recursos analógicos de segunda mão e a ressignificação de objetos para a criação de monotipias. Atualmente, foca em técnicas alternativas de revelação fotográfica, como antotipias e cianotipias, imergindo na profundidade do azul. Daykine é artista residente no Estúdio Lâmina e apresentou sua primeira exposição de vídeo arte “Ruídos Pobres” em 2022, como parte do coletivo Berrodark // Express.